Você ainda acredita em democracia?




Ainda nos dias de hoje, em pleno século XXI, o Brasil não é um país totalmente democrático, pois somos obrigados a votar e arcamos com severas conseqüências caso não cumprirmos esse ato, muitos dos eleitores se deixam corromper por tão pouco em troca de votos e, além disso, nosso país se depara com políticos cada vez mais corruptos, envolvidos em inúmeros escândalos e a pequena parcela da população que não se cala e luta por um ideal é amordaçada pelas autoridades.

Embora o Brasil seja considerado um país democrático, não é exatamente isso que vivenciamos em nosso dia-a-dia. Um lugar onde a democracia parece reinar, mas todos seus habitantes são obrigados a votarem. E não fazem isso por pura escolha ou livre espontânea vontade. Que tipo de democracia é essa?

Além disso, a corrupção vem se alastrando tão desesperadamente pelo país, que grande parte da população negocia o seu voto por coisas banais e de interesse próprio. Não há um pensamento coletivo com o objetivo de reivindicação por melhorias. Muito mais que uma vergonha, isso é um ato contra a cidadania. É entregar o lugar que você vive e almeja ser melhor um dia, nas mãos de qualquer um.

Outro grave problema são os escândalos políticos constantes. A cada vez que se liga a televisão, só assistimos a cenas vergonhosas, que só contribuem mais e mais para o declínio do país. E se ainda existe pessoas que manifestam, ou pelo menos tentam, é praticamente impossível ouvi-las, pois quase sempre no meio do caminho, elas são “aniquiladas” a mando dos interessados. A verdade é que, sempre há um jeito de abafar coisas ilícitas, mesmo estas chegando ao conhecimento do superior. E se ele não tiver decisão e pulso firme, acaba-se arquivando os acontecimentos e tudo acabando em pizza, como na maioria dos casos.

Com base nos argumentos citados acima, somos levados a refletir um pouco mais sobre essa real situação e a seria questão da democracia. Alguma coisa precisa ser feita, atitudes precisam logo ser tomadas para mudar esse quadro corrupto e pacífico que cada vez mais caracteriza a cara do nosso país.

"Desconstruindo as estruturas da Comunicação."

No II Colóquio Brasil – México de Ciências da Comunicação, entrevistado por Michel Nunez, Jorge González, nos abre um leque de explicações, mudando nossas concepções e ampliando nossa visões no que se trata de comunicação.

Para começar, em relação à contribuição da ciência da comunicação para o desenvolvimento da sociedade, ele nos explica que, é possível estudar de forma integrada, a relação comunicação – informação – conhecimento, como ponto-chave da inteligibilidade de todo o vínculo social. Desta forma podemos entender como se compõe, transforma, desestrutura e volta a se estruturar uma sociedade. Porém, ele destaca que, o maior desafio pelos profissionais dessa área é desvincular a Ciência da Comunicação dos meios de comunicação, pois o trabalho é focado na criação, desenvolvimento e evolução de todo e qualquer tipo de sociedade a partir da comunicação – informação – conhecimento.

Em certo momento da entrevista, ele nos surpreende em dizer que termos como “globalização”, “a cultura de massa”, “a era da informação”, não podem ser chamados de conceitos exatamente por não serem oriundos de estudos científicos e sim, “sem-ceitos”. Ele também afirma que, correto seria “tecnologia do conhecimento” o termo certo a ser usado e não “tecnologia da informação”. Mas por que isso? Segundo González, é por meio da tecnologia que acessamos as informações que, ao serem bem-entendidas e bem-interpretadas, se transformarão em conhecimento.

Já em relação à importância dos meios de comunicação para a sociedade, ele diz que tal termo não condiz com o papel que eles exercem dentro de uma sociedade organizada, porque na verdade eles não são meios nem comunicação. São sistemas de comunicação, ferramentas que permitem a produção de um vínculo social. Isso não quer dizer que elas não tenham sua devida importância.

A respeito da internet, ferramenta tão utilizada e difundida atualmente, ele nos dá a seguinte opinião: “Na infinidade de informações existentes na internet vejo que há mais ruído do que informação. Ou seja, nem tudo o que lemos é algo verdadeiro, legítimo... Disponibilizar a internet a todos é realmente fantástico sob o ponto de vista social. Mas o maior problema está no processo de uso. Não adianta nada a pessoa saber ler e escrever e não saber se o objeto que está pesquisando na internet tem ou não fundamento científico, se a informação encontrada tem ou não qualidade, veracidade... Para que a internet seja mais eficaz como sistema de comunicação é preciso que haja uma qualidade melhor na percepção e interpretação dos objetos, pois não é o objeto que informa algo. É o pensamento que transforma a visão em informação.”

A cada dia surgem mais novos meios de comunicação. E cada vez mais eles distanciam as pessoas. Já no final de sua entrevista, González ressalta que depende somente de nós, se essa situação vai melhorar ou piorar nos próximos tempos, pois se hoje somos massacrados pelos meios de comunicação, a culpa também é nossa, por não percebermos o que não percebemos.

Fonte: Revista Sociologia ciência & vida, nº 24

Capitalismo...O verdadeiro culpado?



Desde o período colonial, o Brasil não traz em sua bagagem de heranças, somente pontos positivos. É claro que devemos muito ao passado, mas dele também de herdou pontos negativos que refletem até hoje na sociedade.

Antigamente o que se entendia por coletividade passou a ser dizimado aos poucos, a partir do momento que o nosso país começou a ser colonizado. Quando uma pessoa teve a idéia de fechar determinado local e fazer dele uso exclusivo, passou a existir o que chamamos hoje de propriedade privada. Assim, deu-se o ponto de partida para vários problemas existentes atualmente como a pobreza, a injustiça e a divisão de classes, aumentando cada vez mais a desigualdade social.

Na época do Brasil colonial já podia se perceber a concentração de renda, a hierarquia criada através dos feudos, fazendo desde já o uso do que denominamos sistema capitalista, baseado no lucro, tentando controlar e mudar o rumo de nossas idéias e pensamentos. Atualmente colhemos os frutos dessa implantação que, cada vez mais divide e desestabiliza a sociedade, aumentando as diferenças e as barreiras entre as classes. O nosso país é um lugar egoísta, onde a classe dominante visa somente o aumento de seus poderes , passando por cima da classe abaixo, se esse for o caso. É por essas e outras que a nossa sociedade encontra-se tão desunida e dividida. A ambição que habita a mente humana, infelizmente impede o país de alavancar e progredir com total êxito.

"As pessoas valem pelo que podem comprar"... Então se não dispuserem de capital, são privadas de inúmeras oportunidades que, deveriam ser direitos de todos os brasileiros como a saúde, a educação e o lazer, três elementos básicos e precários em nosso país, pois não dispõem de investimentos adequados e que são essenciais para a vida de um cidadão. E sendo privados desses recursos, muitos recorrem desesperadamente a meios ilícitos, alastrando a violência no país. Daí, mais um grave problema em evidência.

Vemos com o passar dos dias, o crescimentos de uma sociedade mais desigual. De um lado, conflitos sendo gerados pela ganância da aquisição de status e poder, políticos cada vez mais corruptos, enquanto pessoas ficam desempregadas, famílias passam fome, crianças morrem por falta de tratamento adequado. Se a situação continuar assim, o que será do nosso futuro, do futuro dos nossos filhos, netos, do fututo do nosso país? E enquanto o quadro vai se agravando, o capitalismo vai mostrando sua verdadeira cara. Estaríamos nós hoje, ainda vivendo influências do tempo do colonialismo? Certamente, as influências são evidentes, apenas foram se aperfeiçoando com o passar do tempo.

Tudo o que está construído na sociedade atual possui certo vínculo com o passado histórico e estamos apenas sofrendo as consequências do que foi implantado um dia de maneira individualista.




"O que aconteceu?"



Aconteceu que os políticos que cometem danos contra a sociedade ficam impunes e o onde o Senado poderia servir de alguma utilidade e intervir de alguma maneira, deixa as coisas rolarem normalmente sem tomar medidas auto-suficientes.

Aconteceu que o capitalismo exacerbado não para de se alastrar num país tão rico, mas ao mesmo tempo tão pobre, onde a divisão de classes sociais só aumenta mais a cada dia que passa.

Aconteceu que o preconceito, mesmo em pleno século XXI, não deixou de existir. Mesmo numa sociedade pós-moderna, ele ainda é constante no nosso dia-a-dia. As pessoas discriminam o seu próximo pela sua raça, excluem-no da sociedade e chegam até a marginalizá-lo de uma maneira mesquinha, individualista e preconceituosa.

Por que a justiça no Brasil se faz de maneira desigual? Por que só é feita “justiça” quando se é pobre, porque os ricos ficam impunes e sequer sabem o que é justiça e como ela se faz.
Aconteceu que os eleitores e os jovens de hoje não são como os de antigamente, que manifestavam e lutavam sem medo das conseqüências. Hoje a passividade tomou conta da sociedade. São raros os que ainda não perderam a esperança e ainda lutam por um país transparente, justo e igual para todos. Mas é preciso mais que isso, é preciso união.

Aconteceu que nos dias de hoje a sociedade é plenamente individualista e egoísta. “Para que lutar por bens coletivos, se eu já possuo o meu”? São muitos os que pensam assim. E o governo acha ótimo, pois o motivo por não implantarem redes coletivas de transportes em locais de necessidade, é pela falta de luta dos próprios interessados.
Aconteceu que os candidatos a presidente estão primeiramente preocupados com o crescimento da economia mais do que as questões sociais e de saúde, como se a economia fosse resolver todos os problemas do país.

Aconteceu que os impostos reduzidos para automóveis são de importância por causa do aumento nas vendas, o que é muito bom para a economia. Agora, eu lhes faço uma pergunta: por que não reduzir os impostos sobre livros? Estes ajudarão a formar profissionais cultos e de boa qualidade para o país. A educação não é uma ferramenta de extrema importância também?

Aconteceu que as escolas públicas estão hoje jogadas as traças pelas autoridades. Como dar direito a um cidadão a ser alguém na vida, se a educação no país anda um verdadeiro caos?

Aconteceu que se transformam reais em dólares em contas no exterior, mas não dão capacidade aos reais de se alfabetizarem, educarem e permitir acesso à saúde.

Aconteceu que as pessoas não só por falta de estudo e informação, se sentem no direito de cometerem atos ilícitos a sociedade e ao meio ambiente, por estes já terem se tornado comum entre os governantes, e por acharem que ficarão impunes, já que nada acontecem com eles.

Tantas coisas acontecem e nenhuma medida é tomada, nada se é feito. Deixaremos o nosso país ir se degradando aos pouquinhos com o passar dos dias? Ou acordaremos enquanto há tempo para lutar, por um Brasil melhor, onde todos se mantenham informados do que acontece no país e tenham seus direitos atendidos? Acredito que não aconteceu tudo ainda. Tem muito mais para acontecer. Espero que para melhor. Espero que o povo abra os olhos e revolucione um lugar tão maravilhoso para se viver, pois nós, cidadãos, somos os únicos que podemos transformar e fazer a diferença num lugar onde o diferente é ser transparente.

Pequena análise sobre o texto "O que aconteceu?" de Cristovão Buarque.











Buscando respostas para intermináveis perguntas do que vem acontecendo nos dias de hoje em nosso país, o senador Cristovão Buarque em seu texto "O que aconteceu?", menciona e exalta a atual situação do nosso país. Indaga sobre vários problemas existentes que se manifestam de maneira acelerada e gritante no nosso dia-a-dia. Expõem-nos fatos, que se não tomarmos providências, vão continuar acontecendo sem as correções e punições necessárias.

O que vem acontecendo é que nós, brasileiros, deixamos as coisas ocorrerem e não manifestamos nossos direitos, nos calamos consentindo com os erros dos superiores, ficamos passivamente assistindo e esperando para ver simplesmente no que vai dar, sem lutar e reivindicar por mudanças radicais, sem lutar pelo que achamos melhor e correto para o nosso país.

Precisamos mudar logo esse quadro, antes que o Brasil se torne de uma vez por todas, um lugar sem moral e sem respeito, onde a convivência com o próximo passe a ser um ideal inalcançável. E para isso é imprescindível que se corra atrás e se faça justiça nas causas que são de interesse público. Cabe somente a nós brasileiros mudarmos essa situação, pois a decisão está em nossas mãos. Precisamos pensar melhor e analisar com muita cautela na hora que escolhemos as pessoas para governarem o nosso país, nessa hora necessitamos estar cientes da responsabilidade que nos é dada, pois lá na frente colheremos os frutos de nossas decisões. E Cristovão relata muito bem isso, que o futuro do país está nada mais, nada menos, do que nas mãos dos próprios brasileiros.

PS: Em consequência disso,produzi um texto com o mesmo título, procurando me basear em possíveis respostas para essas indagações que vocês poderão analisar e entender um pouco melhor do assunto na próxima postagem. (Priscilla Chiapin)


Análise do profissional de Relações Públicas no filme Hancock.



A função de um Relações Públicas é que ele possui a capacidade de mudar a imagem de campanhas, produtos, empresas e pessoas.

No filme Hancock, um RP, que tinha a visão de mudar o mundo e era ridicularizado em seu trabalho, começa a dar a volta por cima, desde o momento em que decide fazer de Hancock, uma pessoa bem vista e respeitada pela sociedade, transformando sua imagem rude e rejeitada pelo povo, num homem que salva vidas, um super-herói. Ele diz que se não pode salvar o mundo, pode salvar a vida desse cara.

Tudo começa quando Hancock salva a vida do RP de ser esmagado pelo trem. A partir daí ele pretende ajudá-lo a transformar a sua imagem perante a sociedade. Pede que Hancock confie nele e em seu plano, fazendo com que o super-herói comece a reconhecer seus erros e comece a se redimir, sendo o primeiro passo se entregar a polícia, para que todos possam sentir a sua falta. Pois apesar de salvar vidas, ele era menosprezado, as pessoas o rejeitavam pela sua maneira de agir. Além do comportamento, ele mexe também na maneira de Hancock se vestir e na maneira como ele se dirigia as pessoas, o seu modo de falar.

No início as coisas não são muito fáceis, pois Hancock ainda apresenta certa resistência. Mas com a insistência e a perseverança do RP, tudo começa a dar certo. Em certo momento o chefe da polícia solicita a ajuda do super-herói, que faz vários salvamentos e prende os bandidos perante toda a sociedade, que muda sua concepção e ele passa a ser saudado e respeitado por todos.

Podemos ver que o trabalho do RP em relação a Hancock deu mais que certo, pois ele trabalhou no super-herói todos os seus pontos negativos como: aparência, vocabulário e comportamento. Ele confiou no seu potencial e no seu trabalho. Não desistiu em nenhum momento perante as dificuldades. Ele foi muito convicto de tudo em que acreditava. Assim também devem ser os Relações Públicas do mundo real. Jamais devem desistir de suas metas, devem ir até o fim para fazer de uma empresa, produto ou pessoa, a melhor imagem possível.

A importância de uma estrela...



Com o nome de Gabriel, nome de anjo, um menino bonito, inteligente, esforçado, dedicado, além de excelente filho, morando no interior do Rio de Janeiro, na cidade de Miracema, se destaca cada vez mais com seu brilhante talento.

De uma família de classe média, filho de uma assessora parlamentar e um comerciante, Gabriel com apenas 16 anos de idade, estudante do Colégio Estadual Deodato Linhares, já brilha desde cedo como uma estrela à parte no universo.

Cursando o 2° ano do ensino médio, ele sempre fez parte de muitos projetos como ABC na Ciência e a Agenda 21. Muito elogiado e saudado por todos os professores da escola, por onde esse menino passa, deixa sua graça, sua marca.

Há pouco tempo, Gabriel foi convidado para fazer parte do "Projeto jovens talentos da Ciência", sendo presenteado com uma bolsa para o curso, na UFF de Santo Antônio de Pádua. Com certeza, isso ainda é muito pouco para a grandeza desse jovem estudante miracemense. Mas sabendo de seu esforço, de sua dedicação, de seus objetivos para o futuro e a luta para uma vida melhor, são inúmeras as pessoas, inclusive eu, não somente torcem, mas acreditam numa vida de muito sucesso e grandiosos frutos em sua trajetória.

Por todo conteúdo que esse “pequeno” menino já traz dentro de si, ele merece mais que aplausos e reconhecimento de toda a sociedade, principalmente do centro educacional onde estuda, pois este deve ser o ponto de partida de inspiração e incentivo de qualquer estudante.

Deixo aqui muito mais que os parabéns, para você que é tão brilhante e especial...

(Priscilla Chiapin)

Análise sobre artigo de Aristides Soffiati...("Royalties e Conservadorismo")


Em seu artigo “Royalties e Conservadorismo”, Aristides Soffiati, expõe para nós leitores, como na maioria das vezes os royalties são empregados. E muito mal empregados, se assim posso dizer. De pleno acordo com o autor, o que era para enriquecer os municípios em diversos aspectos importantes, traz cada vez mais uma diferença social, pois muitos dos que estão no poder hoje, utilizam esses recursos para satisfazer certos caprichos bobos e inúteis.

A lucratividade que os royalties dispõem poderia ser destinada a diversos projetos, inclusive para o uso consciente e sustentável do meio ambiente. Mas isso não é possível, devido à atual política existente.

Os recursos produzidos pelos royalties são de grande ajuda para a sociedade, mas estes precisam ser aplicados e usados de maneira transparente e correta para que haja melhorias nos setores que carecem desse investimento.

(Priscilla Chiapin)

Será o fim dos jornais impressos em pleno século XXI?



Nos dias de hoje, os jornais estão sendo mais procurados na internet, pela comodidade que oferecem, do que numa modesta banca de jornal. Uma pessoa não precisa sair de casa para se informar das notícias que estão acontecendo. Basta ela acessar a internet e terá tudo o que desejar. É por esse motivo que os jornais impressos daqui a algum tempo deixarão de ser adquiridos pelas pessoas, podendo até deixar de existirem.

Não é a toa que Rosenval em seu texto “A internet e o declínio dos jornais”, profetiza o fim deles, dizendo que o futuro é a internet, tendo assim como conseqüência a morte da mídia tradicional.
Contudo, o jornalismo digital ainda continua sem criatividade, pois o que vemos é a simples transposição do papel para o meio online. Mas com certeza, futuramente veremos a internet expandir ainda mais seus horizontes, fazendo com que a web se aproxime mais da TV, tornando tudo mais visual.

A tecnologia tem seus méritos, mas não deixa de trazer pontos negativos. Cabe a nós leitores assíduos de notícias diárias não deixarmos que esse tipo de meio de comunicação entre em extinção.

(Priscilla Chiapin)

O uso consciente dos meios de comunicação.

Com o constante desenvolvimento dos meios de comunicação e a globalização acontecendo desde os séculos passados, vemos a grande interferência na construção e no comportamento das sociedades modernas. Por um lado, pontos positivos a esse respeito podem ser citados, mas por outro, a má utilização desses meios, influenciam muitas vezes por completo a vida das pessoas, influindo na formação de suas condutas e seu caráter. Mas para que a sociedade faça um uso consciente e responsável dessas fontes, é necessário que as próprias ofereçam serviços de qualidade e principalmente de conteúdo. Pois a Mídia criou condições para a renovação das tradições e ultimamente anda transmitindo mensagens que chocam com nossos valores. A compreensão desse novo mundo inserido pelos meios de comunicação é importante, para mantermos nossa personalidade, mas não nos esquecermos que a interação deles em nossas vidas é indispensável, basta sabermos utilizá-los de maneira certa e enriquecedora.

Numa reportagem lançada em setembro de 2006 pela cidade do Vaticano, ao comentar a intenção do Papa de rezar pelo uso consciente dos meios de comunicação, o Apostolado da Oração dá a seguinte explicação: “Uma reflexão atenta sobre a dimensão ética das comunicações deve desembocar em iniciativas práticas orientadas a eliminar os perigos para o bem-estar da família, propostos pelos meios de comunicação social, e assegurar que esses poderosos meios de comunicação continuem sendo autênticas fontes de enriquecimento.”

Porém, não é o que se vem presenciando num meio super difundido e facilmente acessível à população, como é o caso da televisão. Citando como exemplo as novelas exibidas em horários nobres, ao mesmo tempo em que essas tratam de temas positivos e polêmicos como o preconceito de maneira geral, o uso de drogas e bebidas alcoólicas, questões de saúde e recuperação, depoimentos de exemplos de vida mostrados no final das novelas, exibem também cenas de sexo, competição desleal com o próximo, maus comportamentos, além de inúmeras cenas impróprias, para uma grande parte da faixa etária de espectadores, fazendo assim, com que certos valores familiares sejam quebrados. Assim como a TV, a internet é outro meio de comunicação muito utilizado atualmente de maneira incorreta pelos jovens. Oferecendo um mundo amplo de informações, conhecimento e cultura, infelizmente ela é mais procurada apenas na forma de lazer, diversão e entretenimento, como sites de relacionamento e bate-papos. Sendo assim, é possível ser um cidadão melhor a partir do uso consciente dos meios de comunicação? Como fazer uma sociedade melhor com esses veículos?

Com base nos fatos apresentados, baseados nas pesquisas realizadas, conclui-se que, a mídia exerce uma grande e importante influência na sociedade, mas deve existir a preocupação em saber lidar com os atuais meios de comunicação e os que ainda serão lançados no mercado. Assim, em pleno século XXI, a sociedade deve se posicionar de modo crítico e racional, sabendo dar corretas finalidades a esses meios. Desta forma o comportamento humano não seria o mesmo do que estamos presenciando na realidade atual.

(Priscilla Chiapin)

Falando de Intelectualidade e Ideologia.

No cotidiano, um intelectual é visto como uma pessoa inteligente. Já na parte teórica, ele se caracteriza pela sua posição nas relações sociais. Eles sempre ocupam uma classe auxiliar da que domina, dedicando-se ao trabalho intelectual. Este por sua vez, tem como produto a ideologia. Sendo assim, a intelectualidade por ser uma classe auxiliar da burguesia, produz ideologias que expressam seus interesses. Mas há intelectuais que podem quebrar esse processo, se juntando a setores da sociedade que visam a transformação social, por fazerem parte de divisões mais baixas desta classe. Portanto, a ideologia está relacionada e também inclusa no que se diz respeito a intelectualidade. Para expressar melhor essa afirmação, segue duas citações de determinações que constituem o fenômeno da ideologia, do livro “O que é Ideologia” de Marilena de Souza Chauí: 1) A ideologia é resultado da divisão social do trabalho e, em particular, da separação entre trabalho material/manual e trabalho espiritual/intelectual ; 2) A ideologia é, pois um instrumento de dominação de classe e, como tal, sua origem é a existência da divisão da sociedade em classes contraditórias e em luta. Com base nesses conceitos, podemos ver que, a ideologia está presente no ser intelectual, apesar de possuírem seus interesses próprios, mas ligados aos interesses da classe dominante. E assim, os que dominam continuam dominando os alienados que caem em discursos ideológicos por não conhecerem os acontecimentos da realidade.

Contudo, a diferença entre um intelectual engajado em causas sociais e o intelectual que apenas debate idéias, é que o intelectual engajado se encaixa no problema, não o vê de maneira descomprometida, vive o caso, busca transformação social e não apenas fica preso em seus discursos teóricos e ideológicos. Um bom exemplo, é o filme GARAPA do diretor José Padilha, que expõe a realidade nos dias de hoje contando a história de três famílias que passam fome. Essa representação da dramaturgia da miséria tem a chance de romper a barreira da indiferença e de fazer com que nós espectadores possamos conhecer de perto quem está passando fome. Problema este que, afeta mais de 960 milhões de pessoas no mundo, segundo a ONU.

Enfim, o discurso de José Padilha não é ideológico, pois a intenção de “Garapa” é ver a fome não por uma perspectiva intelectual, mas do ponto de vista dos que têm que viver com ela.

(Priscilla Chiapin)